Freguesia portuguesa do concelho de Cinfães, com cerca de 6,65 km2 de área.
Foi concelho, extinto em finais do século XVII, passando a integrar o concelho de Sanfins até à sua extinção em outubro de 1855, data em que passou a integrar o município de Cinfães.
Igreja de Sta. Maria Maior de Tarouquela
A importância histórica de Tarouquela é hoje apenas assinalada pela remanescente Igreja que era parte integrante de um dos primeiros mosteiros femininos da ordem de São Bento a sul do Douro.
A sua origem, em meados do século XII, associa esta casa monástica a um casal, Ramiro Gonçalves e sua esposa D. Ouruana Nunes, que adquiriram a herdade que fora de Egas Moniz, dito o Aio de Afonso Henriques, e sua esposa.
Embora Tarouquela seguisse inicialmente a Regra de Santo Agostinho, com D. Urraca Viegas, filha de Egas Moniz de Ortigosa, alterou-se o hábito e as monjas passaram a professar a Regra beneditina.
Gerido por dinastias de abadessas, a história deste Mosteiro cruza-se com a das famílias mais notáveis da região.
A arquitetura e ornamentação desta Igreja românica traduzem o que se fez de melhor neste território. A escultura patente nos portais, frestas, capitéis, cachorros, tímpano e cabeceira, atestam uma riqueza plástica que, acima de tudo, pretende passar uma mensagem simbólica.
A ornamentação patente na escultura da cabeceira, tanto ao nível exterior como interior, dá corpo a um dos melhores exemplares da arquitetura românica em território português. Apesar de ter sofrido um aumento, na Época Moderna (séculos XVII/XVIII), para receber o altar-mor, aproveita o aparelho românico, comprovado pela abundante presença de siglas de canteiro.
No interior, destaca-se a presença da escultura de temática beneditina – os animais com função apotropaica (proteção contra o mal); dois homens com uma só cabeça; as serpentes; a sereia; o homem entre duas aves; as palmetas bracarenses e a ornamentação de cariz geométrico.
Neste espaço devemos distinguir o trabalho dos capitéis, mas têm sido os chamados cães de Tarouquela, que mais surpreendem. Encontram-se colocados sobre as impostas, de cada lado do portal e podem ser descritos como dois quadrúpedes de cujas mandíbulas pendem corpos humanos nus, presos pelas pernas. De evidente caráter apotropaico, testemunham uma vontade de afastar as forças malignas.
Embora a imagem atual do interior da Igreja derive em grande parte duma intervenção de restauro realizada na década de 1970, a verdade é que esta chegou a ter cinco altares. Hoje apenas apreciamos o altar-mor e um outro, na nave, do lado esquerdo, ambos dentro da estética barroca.
Quarto duplo Standard
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Casa de banho privativa